Greenpeace rebate ataque de Bolsonaro contra ONGs: "dados dos satélites mostram quem é o verdadeiro câncer"

Na quinta-feira, o presidente disse que não consegue "matar esse câncer chamado ONG"

Jair Bolsonaro em live, ao lado do ministro da Justiça, André Mendonça | Reprodução/YouTube
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Nesta sexta-feira (4), o Greenpeace respondeu ao ataque feito pelo presidente Jair Bolsonaro contra ONGs em sua live presidencial realizada na quinta-feira. O ex-capitão chamou as ONGs de um "câncer" que ele não consegue "matar".

"Os dados dos satélites mostram quem é o verdadeiro câncer da floresta", disse a entidade em entrevista ao jornalista Gustavo Schmitt, do Jornal O Globo. O Greenpeace classificou a declaração do presidente como "violenta e inaceitável".

"Enquanto busca culpar terceiros pelo estrago da sua própria política, a floresta queima e a imagem brasileira se desintegra internacionalmente. Bolsonaro pode tentar, mas não conseguirá matar a esperança dos brasileiros que lutam em defesa da vida e da floresta em pé", disse ainda a organização.

A Human Rights Watch Brasil também condenou a postura do ex-capitão. "Voltamos à mesma história do ano passado. A Amazônia queimando, grileiros e desmatadores enchendo os bolsos e o presidente Jair Bolsonaro culpando ONGs e indígenas pelo desastre ambiental que ele mesmo está provocando", tuitou a entidade.

Durante a live, Bolsonaro defendeu o "desenvolvimento" da Amazônia com dinheiro estrangeiro e atacou entidades ambientalistas. "Vocês sabem que ONG não tem vez comigo, né? Boto pra quebrar com esse pessoal lá. Não consigo matar esse câncer chamado ONG”, afirmou.

https://twitter.com/hrw_brasil/status/1301886053457035269