A Polícia Federal deflagrou uma operação na manhã nesta terça-feira (29) para investigar supostos desvios em contratos para a gestão de hospitais públicos no Pará. O governador do estado, Helder Barbalho (MDB), foi um dos alvos de buscas e apreensão. Até então, dois secretários e um assessor dele foram presos.
Os mandados de prisão temporária foram expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra o secretário de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia do Pará, Parsifal de Jesús Pontes, que era chefe da Casa Civil, o secretário de Transportes do Pará, Antonio de Pádua Andrade e Leonardo Maia Nascimento, assessor especial do governador.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), Helder possivelmente exercia "função de liderança na organização criminosa" no esquema, e "tratava previamente com empresários e com o então chefe da Casa Civil sobre assuntos relacionados aos procedimentos licitatórios que, supostamente, seriam loteados, direcionados, fraudados, superfaturados".
De acordo com a PF, a investigação mira 12 contratos firmados entre o governo do Pará e organizações sociais para administração de hospitais públicos do estado, inclusive os hospitais de campanha criados durante a pandemia do coronavírus. Os contratos somam R$ 1,2 bilhão.
Os crimes investigados são fraude em licitações, falsidade ideológica, peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A informação é de reportagem G1.