Pouco mais de um ano depois de ser ironizado por exaltar uma bijuteria feita de nióbio, o presidente Jair Bolsonaro voltou a pregar o uso comercial do minério durante evento de lançamento de um programa do Ministério de Minas e Energia, nesta segunda-feira (28).
O presidente disse durante seu discurso que o nióbio, junto ao grafeno, "é capaz de produzir maravilhas para o mundo em todos os setores". "Até mesmo no tocante à quinquilharias, quem diria, né? Mas, obviamente, o que está saindo da prancheta, não tem participação nossa mas nos orgulha muito, é a super-bateria de grafeno e nióbio, que revolucionará a indústria automobilística no mundo e nós temos isso em abundância", declarou.
A "deixa" para o presidente falar do nióbio foi um presente dado pelo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. Ele entregou ao ex-capitão uma medalha produzida pela Casa da Moeda feita do minério.
Bolsonaro ainda fez pouco caso do presente e mostrou que carregava no bolso uma medalha maior do mesmo material, produzida também pela Casa da Moeda. No discurso, ele não comentou diretamente sobre o programa que estava sendo lançado. Segundo o secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral, Alexandre Vidigal de Oliveira, um dos objetivos é melhorar a imagem da mineração no Brasil.
Vendedor de nióbio
Em junho do ano passado, o ex-capitão exibiu em uma de suas lives um cordão feito de Nióbio comprado por mil dólares no Japão. “As vantagens disso em relação ao ouro: primeiro, são as cores, que variam, e ninguém tem reação alérgica ao nióbio. Alguns tem com o ouro”, disse o presidente na ocasião.