Pesquisa CNI-Ibope divulgada nesta quinta-feira (24) aponta que 40% dos brasileiros consideram o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) ótimo ou bom. O índice é superior aos 29% que tinham essa avaliação em dezembro do ano passado, última edição do levantamento. Os que consideram o governo regular passaram de 31% para 29%. Ele é ruim/péssimo para 29% - ante 38% em setembro do ano passado. Não souberam ou não quiseram responder 2% dos entrevistados.
A melhora na popularidade de Bolsonaro já tinha sido identificada por vários levantamentos anteriores, inclusive pela Pesquisa Fórum. O estudo do Ibope para a Confederação Nacional da Indústria (CNI) ratifica esse movimento.
O estudo detectou ainda que 50% dos entrevistados aprovam a maneira de governar do militar reformado - ante 41% em dezembro. Os que desaprovam passaram de 53% para 45%. No entanto, mais da metade deles, 51%, não confiam no titular do Planalto – eram 56% na última pesquisa.
O levantamento ouviu 2.000 pessoas em 127 municípios entre os dias 17 e 20 de setembro de 2020. A margem de erro estimada é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.
Segundo o Ibope, a popularidade de Bolsonaro cresce mais entre os entrevistados com grau de instrução até a oitava série da educação fundamental, entre os que possuem renda familiar de até um salário mínimo, os residentes nas periferias das capitais. Boa parte desse público foi beneficiada com o auxílio emergencial pago a quem perdeu renda com a pandemia do novo coronavírus. Apesar de ter proposto um valor de R$ 200 para cada parcela, Bolsonaro acabou beneficiado pelo aumento para R$ 600 feito em acordo com o Congresso.
Áreas do governo
Apesar da melhora da popularidade, somente uma área do governo Bolsonaro tem mais aprovação do que desaprovação. É a segurança pública, em que 51% aprovam a atuação da atual gestão, ante 45% que a desaprovam.
Em segundo lugar aparece o combate à fome e à pobreza, com 48% de aprovação e 49% de reprovação, ou seja, empate técnico. Nesse quesito fica inserida a percepção com o pagamento do auxílio emergencial.
A melhora permanente nessa questão seria o combate ao desemprego. Nessa área, 37% veem como boa a atuação do governo e 60% a desaprovam. Outro setor bastante criticado inclusive internacionalmente é o meio ambiente. Aqui, há 37% de aprovação e 57% de desaprovação.