O candidato do PT à presidência em 2018, Fernando Haddad, se juntou às dezenas de políticos e personalidades que criticaram o discurso do presidente Jair Bolsonaro, na manhã desta terça-feira (22), na abertura da 75ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
Em sua fala, Bolsonaro mentiu que o governo brasileiro pagou, no âmbito do auxílio emergencial para a pandemia, US$ 1.000 por família, e ainda minimizou as queimadas no Pantanal e na Amazônia, afirmando que o Brasil é "vítima de brutal de desinformação" sobre o assunto. O capitão da reserva também se isentou da responsabilidade sobre o alto número de mortes causadas pelo coronavírus no Brasil e culpou judiciário, imprensa e governadores pela crise econômica e sanitária.
Ao comentar o discurso do presidente, Haddad foi duro. "Fezes servem de adubo. Lixo pode ser reciclado. Já certo discurso... que vergonha", escreveu o petista pelo Twitter.
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Outros nomes importantes do campo progressista na política também repercutiram o discurso de Bolsonaro na ONU. O candidato do PSOL à prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, por exemplo, aproveitou a repercussão da fala mentirosa dos US$ 1 mil por família no auxílio emergencial e postou uma foto com usando uma camiseta com a inscrição #600atéofim. A hashtag é usada para defender a manutenção do auxílio emergencial em R$ 600.
A mentira de Bolsonaro foi tão gritante que o termo “Mil Dólares” virou meme nas redes depois da fala do capitão reformado. Para que fosse real, cada família precisaria ter recebido em média R$ 5.420, o que não aconteceu no programa.
Já o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), rebateu a fala de Bolsonaro minimizando as queimadas. “Não se coloca incêndio debaixo do tapete. Incêndio a gente apaga. Não adianta mentir, é feio e aprendemos desde criança. Não adianta qualquer líder brasileiro comparecer a fórum internacional e mentir. Temos que defender o Brasil, nossos produtos e nossa economia”, disse Dino durante a abertura do 21º Fórum de Governadores da Amazônia Legal, evento que ocorria ao mesmo tempo em que Bolsonaro discursava na ONU.