O presidente da Fundação Nacional de Artes (Funarte), Luciano Querido, foi demitido após dois meses no cargo. De acordo com a coluna de Lauro Jardim, no jornal O Globo, Querido teria se desentendido com o secretário de Cultura, Mario Frias, sobre nomeações da pasta.
Luciano foi assessor do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) na Câmara do Rio de Janeiro, sendo responsável pela área de mídias sociais do gabinete. Ele também participou da pré-campanha de Jair Bolsonaro à presidência. Ainda de acordo com a coluna, Luciano deve ser aproveitado em algum outro cargo no governo.
Em julho, o Ministério Público Federal (MPF) pediu para suspender, através de ação civil pública, a nomeação de Luciano na presidência da Funarte. De acordo com a procuradoria, Querido não tinha a formação específica ou a experiência profissional necessária para exercer a função.
Para substitui-lo na Funarte, foi nomeado um coronel da reserva do Exército, Lamartine Holanda, aos 60 anos. Bolsonaro conversou com ele nos últimos dias.
O currículo de Holanda apresenta desde a graduação na Escola Militar das Agulhas Negras a cursos de roteirista na Escola de Cinema de São Paulo. Ele também diz ter experiência em manutenção de material bélico, gestão de direitos do processo de financiamento de projetos audiovisuais com recursos públicos, transportes de cargas perigosas e comunicação neurolinguística.