LEONARDO FUHRMANN, no De Olho Nos Ruralistas
Cunhado do presidente Jair Bolsonaro, o empresário Theodoro da Silva Konesuk admitiu ao Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) ser responsável por devastar a vegetação da reserva legal de uma fazenda que possui às margens do Rio Ribeira do Iguape, em Registro (SP). O rio, cuja nascente fica no Paraná, é um dos mais importantes de São Paulo, além de dar nome para a região onde o presidente e seus irmãos foram criados: o Vale do Ribeira.
Konesuk foi um dos alvos de um inquérito civil iniciado em 2016, com o objetivo de apurar as responsabilidades pela destruição da reserva legal em torno do rio. Ele aparece como um dos sócios de uma propriedade de pouco mais de 323 hectares localizada na margem direita do Ribeira. Em outubro do ano passado, Konesuk e os demais envolvidos assinaram um termo de ajustamento de conduta (TAC), em que se comprometeram a permitir a regeneração da vegetação da reserva legal da propriedade.
O compromisso incluiu a construção de uma cerca para evitar que búfalos e bovinos invadam a área de reserva e prejudiquem a recuperação da mata ciliar nativa. Os búfalos são uma das principais apostas do agronegócio paulista para o desenvolvimento do Vale do Ribeira, uma das principais regiões de preservação de Mata Atlântica do país. Pelo porte, porém, eles costumam destruir as matas e prejudicam a recuperação do solo.
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