O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, mandou indireta para Edson Fachin durante plenária virtual sobre a obrigatoriedade do uso de máscaras nos presídios brasileiros.
Ao declarar ser a favor da medida, Gilmar Mendes citou reportagem sobre as condições da penitenciária Francisco Beltrão, onde o antigo deputado, Nelson Meurer, cumpria a pena de 13 anos de prisão, após ser indiciado pela operação Lava Jato. O ex-político veio a falecer, aos 77 anos, vítima de Covid-19, após ter tido três pedidos de prisão domiciliar negados duas vezes por Edson Fachin, e uma vez, motivada ainda pelo ministro sulista, que foi acompanhado por Celso de Mello.
Edson Fachin, por sua vez, sentiu incomodo ao escutar o voto de Gilmar Mendes, que disse Nelson Meurer ter sido “vitimado pela Covid-19 após reiteradas decisões judiciais denegatórias de sua prisão domiciliar”.
O ministro do STF se entendeu enquanto alvo da indireta e, apesar de acompanhar o voto a favor da obrigatoriedade do uso de máscaras nas prisões, afirmou não haver conexões entre o fato citado por Gilmar Mendes durante a plenária.
Edson Fachin declarou que o fato trazido pelo colega de mandato “não espelha o contexto específico do ocorrido nos autos que dizem respeito a custodiado vitimado por Covid”.
Com informações da Folha de São Paulo