O ex-vereador e ex-secretário de Cultura Nabil Bonduki defendeu, em sua conta do Twitter, na manhã deste sábado (29), a realização de primárias entre os candidatos do campo progressista para a prefeitura de São Paulo. A ideia voltou à tona após o pré-candidato a prefeito pelo PT, Jilmar Tatto, dizer que toparia disputar, ao ser perguntado pelo editor da Fórum, Renato Rovai, durante o programa Fórum Café, na última sexta-feira.
Nabil afirma defender “há mais de um ano essa proposta de uma prévia (ou um turno zero) que finalmente Jilmar Tatto aceitou. Não apenas para essa eleição, mas para todas as futuras eleições, como parte de uma reforma política”.
“Todos os candidatos identificados com um programa progressista, de esquerda, poderiam participar de uma previa aberta a todos os eleitores de São Paulo. Os partidos liberariam seus filiados para fazer campanha de quem achassem o melhor para o atual momento político do país”, diz.
“A fragmentação de candidaturas, como está ocorrendo em São Paulo, além de confundir o eleitor, levará a um desastre político.
Apóio a realização dessa prévia, a partir da definição de um programa comum, com as candidaturas democrático-progressistas, como Jilmar Tatto, Guilherme Boulos, Orlando Silva e outras de perfil progressistas que se incorporem a proposta.
Só assim poderemos polarizar a eleição com os dois outros projetos que disputam a hegemonia no país: o liberal-conservadorismo da extrema-direita bolsonarista e projeto neoliberal da centro-direita que reduz o Estado restringindo direitos, representado em SP por Doria e Covas.
A prévia ou primária como foi chamada pela Revista Fórum, é uma excelente proposta para que a esquerda possa disputar uma vaga no 2o turno. Senão, ficará de fora.”
Suplicy também apoia
A ideia foi defendida também pelo vereador Eduardo Suplicy (PT-SP), em entrevista exclusiva à Fórum neste sábado. Ele disse que tem conversado com os pré-candidatos do PT sobre o assunto e que pode até vir a falar com Guilherme Boulos (PSOL) e Orlando Silva (PCdoB).
“Em 2019 eu já havia proposto que nós fizéssemos uma prévia entre os pré-candidatos, abrindo para os partidos progressistas, entre eles PSOL, PCdoB, PT, PSB, PDT e o PCO, mas na época, em uma reunião dos diretórios regionais, com mais de 200 pessoas, a ideia não passou”. Suplicy lembra que a ideia foi apoiada também pelo Carlos Zaratini, que era um dos pré-candidatos, mas foi rejeitada por Jilmar Tatto.