Pastor Everaldo comandava um dos eixos da organização criminosa do governo Witzel, diz MP

Empresário Mário Peixoto, que está preso, seria o elo entre os esquemas de corrupção entre os governos Sérgio Cabral e Witzel. Envolvidos foram denunciados por corrupção e lavagem de dinheiro

Pastor Everaldo (ao centro), com Marco Feliciano e Bolsonaro (Arquivo)
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Preso na manhã desta sexta-feira (28) pela Polícia Federal, o pastor Everaldo Dias Pereira, presidente do PSC, é o comandante de um dos eixos da organização criminosa montada no governo Wilson Witzel no Rio de Janeiro, segundo investigações do Ministério Público.

Os outros dois comandantes seriam comandados pelo empresário Mário Peixoto - que já está preso - e pelo empresário da área de ensino José Carlos de Melo, pró-reitor administrativo da Universidade Iguaçu (Unig). Peixoto seria o elo entre os esquemas nos governos Witzel e Sérgio Cabral.

Além do envolvimento da primeira-dama, a investigação destaca como principais operadores, ligando Witzel ao esquema de desvios, o advogado e ex-secretário estadual de Desenvolvimento Econômico Lucas Tristão e o médico e ex-prefeito de Volta Redonda Gothardo Lopes Neto, apontado como o braço-direito do governador.

Wilson e Helena Witzel, o pastor Everaldo, Lucas Tristão, Gothardo e outros envolvidos foram denunciados no STJ por corrupção e lavagem de dinheiro.

"Como se vê, é exatamente o mesmo grupo criminoso que está sob investigação. A diferença é que, limitado pelo foro constitucionalmente deferido aos governadores, o Ministério Público do Rio de Janeiro não quebrou os sigilos, não realizou busca e apreensão e não teve acesso a elementos de prova que claramente colocam Wilson José Witzel no vértice da pirâmide, atraindo, sem nenhuma dúvida, a competência do STJ", diz a decisão da corte.