Deputados comandados por Aécio sinalizam adesão à base de Bolsonaro no Congresso

Articulador de Bolsonaro, Arthur Lira, do PP, manobra para colocar o tucano Celso Sabino na liderança da maioria na câmara oferecendo cargos e verbas para a bancada do PSDB

Luciano Huck em foto histórica com Aécio Neves (Arquivo)
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Um grupo de deputados próximos à Aécio Neves vem tentando uma aproximação com a base do Governo Jair Bolsonaro visando negociar cargos políticos e verbas para colegas do PSDB. Esta jogada intenta, principalmente, angariar votos para que Celso Sabino (PSDB-PA) se torne líder da maioria na Câmara dos Deputados – ainda sem sucesso.

As manobras arquitetas se sustentam na argumentação de que, ao se tornar líder da maioria, Celso Sabino ganharia o capital político necessário para garantir os cargos e verbas objetivados por seus colegas.

O responsável por dirigir o plano para tornar Celso Sabino líder da maioria no Congresso foi Arthur Lira (AL), dirigente do PP e articulador informal de Bolsonaro na Câmara dos Deputados. Seu principal interesse no PSDB é o de atrair os políticos tucanos ligados à Aécio Neves para junto dos partidos do centrão favorável ao governo, que é comandado por ele.

O grupo contou com o apoio de dez partidos, que entregaram, juntos, um requerimento para que o psdbista assumisse o posto na Câmara dos Deputados. O PSL e o Republicanos, entretanto, desistiram da manobra.

Todavia, a liderança do PSDB se declarou contra a aproximação com a base de Jair Bolsonaro e centrão no Congresso, apesar de o grupo estar próximo às pautas do presidente, quando referentes aos planos econômicos do Executivo.

Atualmente, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), próximo ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), segue como líder da maioria no Congresso.

Com informações do jornal O Globo.