A defesa do ex-presidente Lula vai anexar o relatório da Polícia Federal, que concluiu que a delação de Antonio Palocci foi inventada com base em pesquisas da internet e notícias de jornais, em um processo por danos morais contra o delegado Filipe Pace, da Lava Jato em Curitiba, que foi responsável pelo acordo com o ex-ministro, assinado em 2018. A informação é de Bela Megale, na edição desta segunda-feira (17) do jornal O Globo.
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A ação contra o delegado foi movida pela defesa de Lula em 2016, questionando a atuação de Pace na investigação que relacionava Palocci ao ex-presidente.
O processo foi julgado improcedente pela 5ª. Vara Cível de São Bernardo do Campo, em 2018, e aguarda o julgamento da apelação pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.
Em tuíte neste domingo (16), o advogado Cristiano Zanini Martins, que faz a defesa de Lula diz que o relatório da PF mostra que “Palocci era instrumento da Lava Jato para a prática de lawfare contra Lula".
“A notícia da @monicabergamo mostra que também neste aspecto sempre estivemos na direção certa: a delação de Palocci era um instrumento da Lava Jato para a prática de lawfare contra @LulaOficial, assim como as delações em geral, que sempre foram direcionadas a alvos pré-definidos”, afirmou Zanin.
Segundo informações divulgadas neste domingo (16) por Monica Bergamo, na Folha de S.Paulo, e pelo site Consultor Jurídico, Palocci não apresentou nenhuma prova que corroborasse as informações delatadas.
Em diálogos divulgados pela Vaza Jato em julho de 2019, o próprio Sérgio Moro teria dito a procuradores da Lava Jato que achava fraca a delação do ex-ministro contra Lula. Mesmo assim, Moro resolver levantar sigilo da delação a seis dias do primeiro turno das eleições presidenciais.
O episódio investigado pela PF refere-se à suposta tentativa de petistas e banqueiros de “operar o Banco Central”. A PF concluiu que esse episódio, narrado por Palocci, não aconteceu.