A direção do PSOL aprovou nesta semana uma fórmula especial para a divisão dos recursos do fundo eleitoral na qual haverá prioridade a candidaturas de mulheres, negros, LGBT, quilombolas e indígenas.
Dos 40 milhões de reais que o partido recebeu pelo fundo eleitoral, a fatia destinada a candidaturas de pessoas negras será 50% que a de pessoas brancas. Com relação às mulheres, a fatia será 30% maior que a dos homens. Indígenas, quilombolas e LGBTs terão 15% a mais, e pessoas com deficiência-PCD terão 10%.
Os porcentuais são acumulativos, portanto, se uma candidata é mulher e negra poderá receber 80% a mais que um candidato que seja homem e branco.
Ainda assim, a classificação das faixas de prioridade será definida pelos diretórios municipais.
“Dessa maneira pretendemos não só incentivar as candidaturas de mulheres, indo muito além do que determina o TSE, que destina 30% do fundo eleitoral para candidaturas femininas, mas também de outros grupos que historicamente estão em desvantagem na política brasileira”, explica Juliano Medeiros, presidente nacional do PSOL.
O líder socialista também lembra que o partido também estabeleceu cotas de 30% de negras e negros e paridade de gênero em todas as suas instâncias de direção há vários anos.
“Não podemos ficar só no discurso, precisamos ser mais ousados se quisermos, de fato, inverter a lógico que temos hoje”, afirma Medeiros.