Decotelli coloca breve passagem pelo Ministério da Educação em destaque no currículo

O economista ficou apenas cinco dias como ministro e nem chegou a tomar posse

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O economista militar Carlos Alberto Decotelli decidiu colocar sua passagem relâmpago pelo Ministério da Educação em destaque no currículo Lattes. Decotelli ficou 5 dias no posto e nem chegou a tomar posse no cargo - o que, tecnicamente, não lhe garante o "título" de ex-ministro.

"Entre 25 e 30 de junho de 2020, atuou como Ministro da Educação do Brasil, tendo sido no ano de 2019, entre 05 de fevereiro e 29 de agosto, Presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, autarquia federal responsável pela execução de políticas educacionais do Ministério da Educação - MEC", diz a primeira frase do resumo do Lattes do economista.

Nas redes sociais, Decotelli voltou a ser criticado por mais uma "inconsistência" curricular, tendo em vista que ele sequer chegou a tomar posse, apesar de ter sido nomeado em 25 de junho.

O decreto em que Bolsonaro colocava o militar no posto foi suspenso cinco dias depois após um pedido de demissão motivado por um verdadeiro "desmanche" no currículo do escolhido como ministro.

Universidade do exterior e do Brasil questionaram a titulação usada por Decotelli, que dizia ser doutor e ter pós-doutorado. Até mesmo a dissertação de mestrado foi alvo de críticas por possível plágio.

Bolsonaro ainda não definiu quem será o substituto de Decotelli, que assumiu a pasta após a fuga de Abraham Weintraub para os Estados Unidos. Entre os cotados estão Renato Feder, empresário e secretário de Educação do Paraná, Anderson Ribeiro Correia, reitor do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), e Antonio Freitas, pró-reitor da FGV.