O Ministério Público Federal (MPF), por intermédio do procurador regional dos Direitos do Cidadão, Enrico Rodrigues de Freitas, deu o prazo de 10 dias para que a Secretaria de Operações Integradas (Seopi) do Ministério da Justiça explique a investigação e produção de relatórios sigilosos sobre opositores do presidente Jair Bolsonaro.
Consta nos questionamentos da Procuradoria um dossiê sobre 579 servidores federais e estaduais da área de segurança e professores do movimento antifascista.
A Seopi foi criada na gestão do ex-ministro Sérgio Moro com o objetivo de investigar crime organizado, redes de pedofilia, homicidas e crimes cibernéticos. Na gestão de André Mendonça, a secretaria ganhou outras atribuições.
De acordo com reportagem do jornal Estado de S.Paulo, o ex-AGU nomeou um delegado da Polícia Civil do Distrito Federal para comandar a secretaria e, cerca de um mês depois, teria solicitado uma investigação completa de movimentos que poderiam colocar em risco a "estabilidade política do atual governo".