A viúva de Gustavo Bebianno, Renata Bebianno, assim como demais familiares do ex-ministro, têm evitado tornar público o conteúdo de um antigo celular usado por ele durante a campanha de Jair Bolsonaro à Presidência.
Quem sugeriu a divulgação do conteúdo do aparelho foi o empresário Paulo Marinho, responsável por informar ao Ministério Público Federal (MPF) que o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) foi avisado antecipadamente, em 2018, por um delegado da Polícia Federal, que seu ex-assessor Fabrício Queiroz seria alvo de operação policial.
De acordo com reportagem Chico Alves, no UOL, Marinho sugeriu que investigadores buscassem nos Estados Unidos o celular de Bebianno. Ele afirma, no entanto, não saber o que está guardado no aparelho.
"Esse celular tem registros de conversas dele durante um ano e meio de convívio da campanha", afirmou, em entrevista à jornalista Andréia Sadi, da GloboNews. "Quero resgatar esse telefone, até pra saber o que tem ali, para acabar com essa dúvida, que é sua e que é minha também", continuou.
Vítima de um infarto fatal em março, Bebianno foi um dos principais coordenadores da campanha de Bolsonaro em 2018. Após as eleições, o ex-ministro passou a enfrentar atritos com o vereador Carlos Bolsonaro (PSL-RJ) e, pouco tempo depois, foi demitido pelo presidente.