A edição desta terça-feira (21) do jornal francês Le Monde, um dos mais prestigiados da França, traz uma reportagem especial sobre o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, que é descrito como “Berlusconi tropical”.
A matéria também afirma que o empresário funciona como “porta-voz informal de Bolsonaro” no setor empresarial – recordando declaração do presidente em fevereiro, na qual afirmava, em tom de brincadeira, que teria “nomeado” Skaf –, condição a qual teria se sujeitado, segundo o texto, para conseguir o apoio do bolsonarismo para suas ambições de se tornar governador do estado de São Paulo.
Com o título de “Paulo Skaf: o ambicioso chefe dos chefes do estado de São Paulo”, a reportagem escrita pelo correspondente Bruno Meyerfeld faz um retrato crítico do empresário. Segundo a matéria, o “poderoso chefão” da Fiesp teria se oferecido para ser o principal aliado do bolsonarismo junto ao setor empresarial, em nome dos seus objetivos políticos.
“Para isso (ser eleito governador de São Paulo), Skaf abriu ao presidente seu rico catálogo de endereços e as portas da indústria paulista”, afirma o correspondente do Le Monde.
“Com seu sorriso brilhante e implantes de cabelo, ele às vezes se parece com um Berlusconi tropical, para quem vale de tudo: dar tapinhas nas costas, chocolates, croissants, chá verde com gengibre, uniformes esportivos de presente… às vezes ele é quase embaraçoso ao tentar fazer você se sentir confortável demais”, relata Meyerfeld.