De acordo com projeções da consultoria IDados, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE, o desemprego em consequência da pandemia de Coronavírus só deve atingir o pico no trimestre encerrado em setembro, quando alcançará 14,5%.
O estudo aponta que, entre julho e setembro deste ano, 15 milhões de trabalhadores podem ficar sem ocupação, pelos efeitos da crise. A estimativa considera tanto os trabalhos formais quanto os informais e, se confirmada, significaria uma taxa de desocupação recorde.
Até agora, o maior porcentual registrado pela pesquisa foi de 13,7%, ou 14 milhões de brasileiros. O patamar foi observado em março de 2017, logo após a última recessão.
No trimestre até maio, o País teve pela primeira vez um número maior de desempregados do que empregados, entre os brasileiros em idade para trabalhar.
IBGE: 2,6 milhões perderam o emprego em sete semanas
Entre a primeira semana de maio e a quarta semana de junho, 2,6 milhões de pessoas perderam o emprego devido à crise econômica aprofundada pela pandemia do coronavírus. A alta, de 26% no período, foi revelada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (17).
De acordo com o IBGE, 12.428 milhões de pessoas estavam desempregadas na quarta semana de junho. A taxa de desemprego ficou em 13,1%, a maior registrada desde o começo de maio, quando era de 10,5%.
Cerca de 10,3 milhões (12,5% da população ocupada) estavam afastados do trabalho devido ao distanciamento social no final de maio. Esse contingente teve redução em relação à semana anterior (11,1 milhões ou 13,3% da população ocupada) e também frente à semana de 3 a 9 de maio (16,6 milhões ou 19,8% dos ocupados).