Uma frente parlamentar com 215 parlamentares de 23 partidos será lançada na próxima terça-feira no Congresso Nacional para defender a implantação urgente de uma renda básica em todo o país.
“Reunimos parlamentares de todas as correntes políticas porque esse é um debate que ganhou força com a instituição do Auxílio Emergencial e há consenso sobre a importância da implantação de uma renda básica capaz de assegurar o mínimo necessário à população brasileira, com foco prioritário naqueles que têm menos”, afirma o deputado federal João Campos (PSB-PE), que vai presidir a Frente em Defesa da Renda Básica.
O grupo suprapartidário contará com a organização conjunta da Rede Brasileira de Renda Básica (RBRB), que coordena a campanha pela renda básica com outras 160 organizações da sociedade civil.
O presidente de honra da RBRB, Eduardo Suplicy (PT-SP) terá espaço de destaque no espaço criado pelos parlamentares, sendo também presidente de honra da Frente. “Se iniciarmos a renda básica, sempre haverá estímulo ao progresso. E o que eu sinto é que vou viver para ver a implementação dessa política pública que comecei a defender há cerca de 30 anos”, conclui Eduardo Suplicy.
A Frente deve centralizar os debates sobre o tema da renda básica no Congresso, discutindo inclusive a proposta a ser apresentada pelo Governo Federal. Além da RBRB, completam o corpo técnico representantes da Unicef, Oxfam Brasil, Central Única das Favelas (CUFA) e especialistas no tema.
O conselho consultivo terá participação da sociedade civil, com nomes como Leandro Ferreira (presidente da RBRB), Kátia Maia (diretora executiva da Oxfam Brasil) e Preto Zezé (presidente da Cufa Global - Central Única das Favelas).
O Conselho também é composto por acadêmicos e pesquisadores, tais como os economistas Mônica de Bolle, Laura Carvalho, Marcos Mendes e José Roberto Afonso, além de Florence Bauer (representante da Unicef no Brasil) e Tereza Campello (ex-ministra de Desenvolvimento Social).
Secretária geral da Frente, a deputada Tabata Amaral (PDT-SP) ressalta exemplos do mundo em que a renda básica teve alto impacto. “Essa política pública ajudou a reduzir a pobreza multidimensional, associada às condições de vida, saúde e educação”, diz.