Mourão diz que Gilmar "forçou a barra" ao associar Exército com genocídio por apoiar a Bolsonaro

O vice-presidente ainda defendeu o retorno da CPMF durante transmissão ao vivo com um banco de investimentos

Hamilton Mourão (Reprodução/TV Globo)
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O vice-presidente Hamilton Mourão também criticou o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta segunda-feira (13) por declaração dada no último sábado contra a ocupação do Ministério da Saúde por militares.

"Ele [Gilmar] forçou uma barra aí que agora está criando um incidente com o ministério da Defesa. Há pouco a Defesa soltou uma nota e talvez até acione a Procuradoria-Geral da República. A crítica vai ocorrer, tem que ocorrer, é válida, mas o ministro ultrapassou o limite da crítica", declarou durante transmissão ao vivo de um banco de investimentos.

"O ministro Gilmar Mendes não foi feliz. Vou usar uma linguagem do jogo de polo: ele cruzou a linha da bola. Cruzou a linha da bola ao querer comparar com genocídio o fato das mortes ocorridas no Brasil durante a pandemia, querer atribuir essa culpa ao Exército, porque tem um oficial-general do Exército como ministro interino da Saúde", disse ainda.

Mais cedo, Ministério da Defesa emitiu nota afirmando que vai acionar a PGR contra Mendes pela declaração de que o Exército “está se associando a um genocídio”.

CPMF

Ainda na transmissão ao vivo, o vice-presidente defendeu o retorno da CPMF, pregado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. "Eu acho que tem que ser discutido. O presidente é contra, tá bom, ele não quer jogar esse assunto na mesa por causa da memória da antiga CPMF. Mas a gente sabe que o nosso sistema tributária é um sistema complicado", disse.