A Associação de Funcionários do Banco Mundial encaminhou uma carta ao Comitê de Ética da instituição, solicitando a abertura de uma investigação contra Abraham Weintraub, ex-ministro da Educação de Jair Bolsonaro.
No documento, protocolado nesta quarta-feira (24), a associação pede, ainda, que a nomeação de Weintraub seja suspensa até a conclusão do processo. O documento sobre a posição da entidade foi enviado para todos os funcionários do banco, de acordo com reportagem de O Estado de S. Paulo.
A carta ressalta as falas preconceituosas do ex-ministro de Bolsonaro em relação à China e minorias, além dos ataques desferidos por ele contra o Supremo Tribunal Federal (STF).
“O Banco Mundial acaba de assumir uma posição moral clara para eliminar o racismo em nossa instituição. Isso significa um compromisso de todos os funcionários e membros do Conselho de expor o racismo onde quer que o vejamos. Confiamos que o Comitê de Ética compartilhe dessa visão e faremos tudo ao alcance para aplicá-la”, diz um trecho do documento.
A carta observa, também, que “de acordo com múltiplas fontes, o senhor Weintraub publicou um tuite de carga racial, ridicularizando o sotaque chinês e culpando a China pela Covid-19, e acusando os chineses de ‘dominação mundial’; levando a Suprema Corte a abrir uma investigação por crime de racismo”.
Comportamento inaceitável
“Solicitamos formalmente ao Comitê de Ética que reveja os fatos subjacentes às múltiplas alegações, com intenção de (a) colocar sua indicação em espera até que essas alegações possam ser revisadas e (b) garantir que o Sr. Weintraub seja avisado de que o tipo de comportamento pelo qual ele é acusado é totalmente inaceitável nesta instituição”, acrescenta.