O publicitário Sérgio Lima, responsável pela identidade do Aliança pelo Brasil, partido que o presidente Jair Bolsonaro pretende criar, já recebeu R$ 87 mil de verba pública proveniente de quatro deputados bolsonaristas nos últimos seis meses.
Tanto Lima quanto os parlamentares são alvos da Polícia Federal em inquérito que investiga a organização, financiamento e divulgação de atos golpistas pelo país. Os protestos pedem o fechamento do Congresso Nacional, assim como o Supremo Tribunal Federal (STF), além de uma intervenção militar e o retorno do AI-5.
Com isso, os quatro deputados bolsonaristas envolvidos com serviços do publicitário - Bia Kicis (PSL-DF), General Girão (PSL-RN), Aline Sleutjes (PSL-PR) e Guiga Peixoto (PSL-SP) - tiveram o sigilo bancário quebrado pelo STF na terça-feira (16). De acordo com o UOL, os gastos foram declarados como "divulgação de mandato parlamentar".
Quem mais gastou com os serviços de redes sociais prestados por empresas do publicitário foi o deputado General Girão, com R$ 51.800 desde dezembro do ano passado. De março a maio, quando as manifestações antidemocráticas se acirram no país, o gabinete do deputado pagou R$ 7.400 à Inclutech Tecnologia da Informação, firma da qual Lima aparece como sócio.