O advogado Paulo Emílio Catta Preta, que assumiu a defesa de Fabrício de Queiroz, preso nesta quarta-feira (18) na chácara do também advogado Frederick Wassef, que atua para o clã Bolsonaro, é o mesmo que atuou para o miliciano Adriano da Nóbrega, ex-capitão do Bope e acusado de ser o chefe de um grupo criminoso formado por matadores de aluguel, que ficou conhecido como "Escritório do Crime" — investigado por suspeita de envolvimento nas mortes da ex-vereadora Marielle Franco e Anderson Gomes, em março de 2018.
Nóbrega, que foi morto em ação da polícia na Bahia no dia 9 de fevereiro deste ano, era amigo pessoal de Queiroz, que foi o responsável pela nomeação da mãe e da mulher do miliciano no gabinete de Flávio Bolsonaro, onde elas também fariam parte do esquema de "rachadinha".
Queiroz também se escondeu em Rio das Pedras, área dominada pela milícia de Adriano, quando foi citado pela primeira vez no caso Coaf, logo após as eleições presidenciais de 2018.
Em entrevista à revista Época, Catta Preta afirmou que começou a atuar no caso "a partir de hoje".
"Rigorosamente, primeiro ato mesmo, a partir de hoje. Mas eu já estou sendo procurado pela família há alguns dias, cerca de uns 15 dias no sentido de eu advogar para ele nessa questão da Alerj. Ele estava sem advogado porque o defensor tinha renunciado já há algum tempo. Eles me perguntaram se eu podia advogar, falei que sim, pedi para estudar os autos e prosseguimos", afirmou o advogado.