Principal articulador para a aliança durante a campanha que resultou na eleição Wilson Witzel (PSC-RJ) e Jair Bolsonaro (Sem Partido), Pastor Everaldo Pereira, presidente do PSC, afirmou ter "fé plena" que o governador do Rio de Janeiro irá se livrar do impeachment, processo que teve abertura aprovada por 69 votos a 0 nesta quarta-feira (10) na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
Leia também: Witzel se diz “tranquilo” e “resiliente” após 69 a 0 na Alerj pró-abertura de impeachment
"Tenho fé plena que vai se livrar. Pelo que eu conheço o governador, uma pessoa de uma honra ilibada, que tem trabalhado incansavelmente para fazer realmente a melhor administração que tem. Então isso aí, as pessoas são precipitadas às vezes, querem condenar uma pessoa antes de haver julgamento ou de concluir inquérito. O assassinato de reputação que a gente tem no Brasil é impressionante. Sou vítima disso. Sou culpado de tudo às vezes, são muitas injustiças. Nunca sequer fui investigado", disse o pastor, que em 2017 foi citado pelo ex-diretor da Odebrecht Ambiental, Fernando Reis, em delação premiada. Na ocasião, o delator disse que a empreiteira repassou, em forma de caixa dois, R$ 6 milhões, ao pastor, então candidato a presidente, para favorecer Aécio Neves.
Responsável pelo batismo de Jair Bolsonaro nas águas do rio Jordão, Everaldo disse que o Witzel "nunca brigou com Bolsonaro" e diz orar pelo presidente diante da pandemia do coronavírus.
"Quanta à relação com o presidente Jair Bolsonaro, eu tive o privilégio de batizá-lo no rio Jordão. Então eu só faço orar por ele. E creio que jamais o Brasil vai se tornar uma Venezuela", afirmou em entrevista ao Painel, da Folha de S.Paulo nesta quinta-feira (11).