Lula prega eleições diretas e "tranquiliza" adversários: "Não precisa ter medo, o Lula está inelegível"

"Se nós quisermos tirar ele, nós temos força para tirar", afirmou o ex-presidente nesta quinta-feira

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Em entrevistas a jornalistas da mídia independente realizada na tarde desta quinta-feira (11), o ex-presidente Lula comentou sobre a possibilidade de impeachment do presidente Jair Bolsonaro. Segundo ele, é preciso que se aprove a PEC das Diretas, apresentada pelos deputados federais Henrique Fontana (PT-RS) e Paulo Teixeira (PT-SP).

"Eu quero tirar o Bolsonaro, então vamos para cima do presidente da Câmara para colocar em votação o pedido de impeachment e depois vamos tentar estabelecer uma emenda que foi apresentada por um deputado do PT para a gente fazer eleição direta e o povo ter chance de escolher um outro presidente. E não precisa ter medo do Lula, o Lula está inelegível nesse momento", declarou.

"Não tem milagre pras coisas acontecer. O que nos precisamos definir é: nós vamos ter atitude política para tirar ele ou não? Se nós quisermos tirar ele, nós temos força para tirar. Nós temos 70% da população que não está com ele, temos um conjunto de partidos que não quer mais ele. Ele já cometeu vários crimes de responsabilidade e vai ser historicamente o responsável pelo genocídio do coronavírus. Ele está sendo irresponsável", disse ainda.

O ex-presidente falou ainda que "só é possível fazer uma frente agora em cima de um programa de governo". Lula defendeu o modelo uruguaio de frente, em que os partidos competem sob uma mesma legenda e se organizam internamente, mas entende que no Brasil é impossível.

O ex-presidente ainda comentou sobre a aliança eleitoral do PT com o PMDB e afirmou que deveria ter havido um rompimento em 2014. "O meu sonho em 2014 era que o PT não tivesse mais aliança com o PMDB, que tivesse feito uma aliança com o Eduardo Campos, mas não deu certo. O Campos e a Dilma se desentenderam e o PT continuou com o PMDB", disse.

"O PMDB de verdade nunca apoiou a gente totalmente. O PMDB metade era a favor e metade era contra. Na prática a gente não precisava do PMDB em 2014. A primeira coisa que o PMDB deu de presente para a Dilma foi o Eduardo Cunha na presidência da Câmara", completou.

Participam da entrevista: Altamiro Borges, do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé; Ana Roxo; Cynara Menezes; Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania; João Antonio, do Click Política; Leonardo Stoppa; Rogério Anitablian; Ronny Telles; Samuel Borelli; e Thiago dos Reis, do Plantão Brasil.

https://www.youtube.com/watch?v=oLtboiSwBeg
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