Aliados consideram “irreversível” situação de Witzel: será afastado já no início de julho

A abertura do processo de impeachment do governador foi aprovada por 69x0

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel - Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
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Aliados do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), consideram como “irreversível” a aprovação do impeachment dele, cujo processo foi aberto nesta quarta-feira (10), por André Ceciliano (PT), presidente da Assembleia Legislativa fluminense.

Seus correligionários preveem que ele deve ser afastado por esses 180 dias já no início de julho. Lembram que a maioria dos integrantes do partido já “lavou as mãos” em relação ao político. Entre eles, o próprio vice-governador, Cláudio Castro. Segundo aliados de Castro, ele não tem feito movimentos para “derrubar” Witzel, mas demonstra “cansaço” em tentar ajudar o governador a barrar o processo de impeachment na Alerj.

O vice-governador tem dado como exemplo, em conversas privadas, sua tentativa de obter votos a favor de Witzel entre deputados estudais bolsonaristas do PSL. Castro reclamou que o próprio governador atrapalhou a articulação, na semana passada, ao rebater ataque de Jair Bolsonaro. Witzel afirmou que “quem deve estar preocupado com uma prisão é ele”.

Unanimidade

Por unanimidade, os 69 parlamentares votantes na sessão da Alerj defenderam a tramitação de um dos onze pedidos que se acumulavam na casa legislativa. Com uma base frágil, o governador viu até mesmo seus quatro correligionários aderirem à abertura do processo.

“Nós tivemos 70 deputados presentes. Votaram 69. 69 sim. Eu, André Luiz Ceciliano, baseado no parecer técnico da Procuradoria, dou início ao processo 5328 de 2020”, anunciou Ceciliano após a votação.

Com informações da CNN Brasil