Alex Silva, apoiador de Jair Bolsonaro que vai às manifestações com uma bandeira do grupo neonazista Pravyy Sektor, da Ucrânia, treina grupos paramilitares no país europeu e quer trazer para o Brasil uma filial da "academia de tiro e táticas militares em que trabalha em Kiev". As informações são de Fábio Zanini, na Folha de S.Paulo nesta segunda-feira (1º).
Segundo a reportagem, Silva é casado com uma mulher ucraniana e mora no país desde 2014. Ele teria ficado no Brasil após uma visita em razão da pandemia do coronavírus.
Silva carregando a bandeira e provocando antifascistas é apontado pela polícia como um dos motivos pelos quais iniciou uma ofensiva com bombas de gás lacrimogênio e balas de borracha. O alvo, no entanto, foi o movimento antifascista.
Ele afirma, no entanto, que foi atacado pelos antifascistas. “Eles são terroristas, não são pró-democracia coisa nenhuma”.
Grupos paramilitares
À Folha, Silva disse que é ligado a uma empresa ucraniana chamada Center-A, que oferece cursos de treinamento e estratégias militares para firmas de segurança privadas e forças do governo, e que atua em um grupo que grupo funciona como uma espécie de linha auxiliar do governo da Ucrânia, e atua contra rebeldes localizados no leste do país, comandados pela Rússia.
Segundo ele, "a bandeira não tem nada de nazista". "“É uma bandeira antiga, usada desde o século 16. O preto simboliza a terra ucraniana, que é muito fértil, e o vermelho é o sangue dos heróis".
A bandeira no entanto é usada pelo Pravyy Sector, grupo de ultra-direita considerado neonazista.