A Polícia Federal não encontrou nenhum documento que comprove que a primeira-dama do Rio, Helena Witzel, tenha de fato prestado serviços para uma das empresas investigadas pela organização, com a qual fechou um contrato de R$ 540 mil. A informação é do Painel, da Folha de S.Paulo.
A investigação da PF faz parte da operação que mirou o governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), na terça-feira (26). Ele e a esposa são investigados por supostos esquemas de desvio de dinheiro durante a pandemia do coronavírus.
No dia da busca e apreensão, Helena disse em nota que "a diligência nada encontrou que pudesse comprovar alegações". Para investigadores, o objetivo da busca era justamente mostrar que nenhum serviço havia sido prestado por ela, apesar do contrato.
Outro fator que chamou atenção dos investigadores, segundo o Painel, da Folha de S.Paulo, foi o fato de Helena ter pouca experiência como advogada. Com inscrição na OAB deferida apenas em 2015, a primeira-dama atuou em poucos processos, quase todos relacionados a Witzel ou ao PSC.
O terceiro fator que levantou a suspeita da PF foi o casal ter mudado o regime de bens do casamento para comunhão universal exatamente no período em que os primeiros depósitos do contrato foram feitos.