O escritório de advocacia da primeira-dama do Rio de Janeiro, Helena Witzel, fechou um contrato de R$ 540 com uma empresa investigada na Lava jato.
A esposa do governador do estado, Wilson Witzel (PSC), é investigada pela Polícia Federal por suposto esquema de desvio de dinheiro durante a pandemia do coronavírus.
Outro fator que chamou atenção dos investigadores, segundo o Painel, da Folha de S.Paulo, foi o fato de Helena ter pouca experiência como advogada. Com inscrição na OAB deferida apenas em 2015, a primeira-dama atuou em poucos processos, quase todos relacionados a Witzel ou ao PSC.
No Tribunal de Justiça do Rio, por exemplo, constam apenas sete processos dos quais ela participou como advogada, seis deles na defesa da família Witzel.
O terceiro fator que levantou a suspeita da PF foi o casal ter mudado o regime de bens do casamento para comunhão universal exatamente no período em que os primeiros depósitos do contrato foram feitos.
Nesta terça-feira (26), quatro carros da Polícia Federal realizaram buscas no Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador do estado do Rio de Janeiro, na Zona Sul da cidade.
Em nota divulgada em seu site, a Polícia Federal informou que a ação é parte da “Operação Placebo que tem por finalidade a apuração dos indícios de desvios de recursos públicos destinados ao atendimento do estado de emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus (COVID-19), no Estado do Rio de Janeiro”.