Paulo Marinho tenta trazer dos EUA celular de Bebianno com segredos de Bolsonaro

Segundo o empresário, o aparelho, que pertencia ao então chefe da campanha bolsonarista, está nos Estados Unidos e “tem registros de conversas durante um ano e meio de convívio da campanha, entre ele e todas as pessoas que participaram”

Paulo Marinho e Gustavo Bebbiano (foto; reprodução)
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O empresário Paulo Marinho, nova testemunha chave no processo contra Flávio Bolsonaro, quer recuperar um antigo celular que pertencia a Gustavo Bebbiano, e que foi usado na época em que o ex-ministro foi chefe da campanha que elegeu Jair Bolsonaro como presidente.

Bebbiano faleceu em março, em decorrência de um infarto, mas esse aparelho celular, segundo Marinho, está nos Estados Unidos, e guarda informações sobre a coordenação de toda a campanha de 2018 de Jair Bolsonaro.

“Esse celular tem registros de conversas dele durante um ano e meio de convívio da campanha, entre ele e todas as pessoas que participaram da campanha (…) Eu não posso te dizer o que tem, até porque eu não tenho conhecimento, mas eu quero resgatar esse telefone, até pra saber o que tem ali, para acabar com essa dúvida, que é sua e que é minha também”, afirmou o empresário.

Essa declaração de Marinho com a intenção de recuperar o celular de Bebbiano teria surgido do depoimento que prestou à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal, durante esta semana, depois de afirmar que o filho do presidente, senador Flávio Bolsonaro, foi avisado por um delegado da que seu assessor, Fabrício Queiroz, seria alvo de uma operação policial.

O empresário é suplente de Flávio Bolsonaro, mas assegura que quer renunciar ao cargo, para rechaçar a suspeita de que sua denúncia visa a chegada ao cargo no lugar do filho do presidente.

No entanto, Marinho tem sim pretensões políticas: é pré-candidato à Prefeitura do Rio do Rio de Janeiro, pelo PSDB.

Na próxima terça-feira (26), o empresário fará novo depoimento na Polícia Federal, em inquérito que está sendo movido no STF (Supremo Tribunal Federal), relatado pelo ministro Celso de Mello.