O ex-presidente Fernando Collor de Mello pediu desculpas, nesta segunda (18), pelo confisco das cadernetas de poupança e contas-correntes em março de 1990.
Em uma thread no Twitter, Collor afirmou que a decisão, que disse ter sido como "dificílima", foi tomada para tentar conter a hiperinflação de 80% ao mês.
"Pessoal, entendo que é chegado o momento de falar aqui, com ainda mais clareza, de um assunto delicado e importante: o bloqueio dos ativos no começo do meu governo. Quando assumi o governo, o país enfrentava imensa desorganização econômica, por causa da hiperinflação: 80% ao mês!", escreveu o ex-presidente.
"Os mais pobres eram os maiores prejudicados, perdiam seu poder de compra em questão de dias, pessoas estavam morrendo de fome. O Brasil estava no limite! Durante a preparação das medidas iniciais do meu governo, tomei conhecimento de um plano economicamente viável, mas politicamente sensível, com grandes chances de êxito no combate à inflação. Era uma decisão dificílima. Mas resolvi assumir o risco. Sabia que arriscava ali perder a minha popularidade e até mesmo a Presidência, mas eliminar a hiperinflação era o objetivo central do meu governo e também do País. Acreditei que aquelas medidas radicais eram o caminho certo. Infelizmente errei. Gostaria de pedir perdão a todas aquelas pessoas que foram prejudicadas pelo bloqueio dos ativos", desculpou-se Fernando Collor.
"Eu e a minha equipe não víamos alternativa viável naquele início de 1990. Quisemos muito acertar. Nosso objetivo sempre foi o bem do Brasil e dos brasileiros." finalizou ele.
O pedido não colou. O perfil do senador, que vinha seguindo a linha engraçadinha no Twitter, recebeu várias respostas atravessadas: