Líder da maçonaria elogia Mandetta e pede que Bolsonaro não leve admiradores "para uma armadilha"

Parte importante da maçonaria apoiou a campanha de Bolsonaro em 2018. Líder do grupo pede que governo explique suas escolhas com relação à pandemia

Hermes Barbosa (Reprodução)
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O advogado e grão-mestre do Grande Oriente de São Paulo (Gosp), federação de lojas maçônicas de São Paulo, Raimundo Hermes Barbosa, elogiou o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), na tensão política que se acirrou com o presidente Jair Bolsonaro, e disse que governo precisa explicar as escolhas que estão sendo feitas durante a pandemia.

Em entrevista à coluna de Rubens Valente, no UOL, Barbosa disse que presidente não pode conduzir seus admiradores "para uma armadilha" e colocar em risco a vida deles. O advogado também defendeu o isolamento social e disse que o momento não é de disputa política, mas de "disputa solidária".

"É necessário que [Bolsonaro] justifique, com base científica, as decisões que vem tomando em relação ao momento. Por outro lado, o governo dele tem agido de maneira reversa, fazendo todo possível para levar esperança e segurança ao povo brasileiro", disse o líder maçônico. "O momento não é de disputa política, mas de disputa solidária. O presidente precisa entender que é um líder e tem muitos admiradores, e não pode conduzir seus admiradores para uma armadilha que coloca em risco a vida deles", continuou.

Barbosa em seguida diz que seu "irmão" Mandetta tem tido um desempenho "respeitável" no ministério e que precisa de mais apoio por parte do governo.

"O ministro Mandetta é um irmão de nossa Ordem Maçônica e tem tido um desempenho respeitável e admirável diante da situação atual. Nota-se nele não só a preocupação com a população, mas também o empenho em informar o Brasil sobre como proceder e prestando conta de suas ações. Tem feito o que é necessário, precisa de mais apoio do governo, pois da população ele já tem", opinou.

Uma parte importante da maçonaria apoiou o ex-capitão na disputa eleitoral de 2018. Mandetta e o vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, são filiados ao grupo.