MPF denuncia seis pessoas pelo assassinato e simulação de suicídio de Vladimir Herzog

A decisão histórica se dá 45 anos após a morte do jornalista no DOI-Codi de São Paulo

Vladimir Herzog. Foto: Arquivo
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Em decisão histórica, o Ministério Público Federal denunciou seis pessoas pelo assassinato e por terem forjado o suicídio do jornalista Vladimir Herzog, preso e torturado até a morte em 25 de outubro de 1975 no DOI-Codi de São Paulo.

Os denunciados, dentro das possibilidades de sua participação, poderão responder na Justiça Federal pelos crimes de homicídio, fraude processual e falsidade ideológica. Um dos acusados foi acusado de prevaricação, ou seja, deixou de agir conforme a lei para impedir a investigação.

Foram denunciados pelo homicídio o comandante do DOI-Codi na época do crime, Audir Santos Maciel e José Barros Paes. Altair Casadei foi denunciado por fraude processual. Os médicos legistas Harry Shibata, que foi chefe do IML em São Paulo, e Arildo de Toledo Viana foram denunciado por falsidade ideológica, por terem atestado falsamente que Herzog se suicidou.

Por fim, Durval Ayrton de Moura Araújo, procurador militar do caso Herzog, foi denunciado por prevaricação, por não ter denunciado os envolvidos no caso.

O MPF pediu à Justiça Federal urgência na análise do caso, uma vez que os prazos processuais e audiências foram suspensos ontem à noite, por 30 dias, pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região em virtude da pandemia de Covid-19.

Com informações do UOL