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O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, revogou na noite desta quinta-feira (7) a prisão domiciliar do empresário Jacob Barata Filho, conhecido como "Rei dos Ônibus" e responsável por comandar a máfia dos transportes públicos do Rio de Janeiro. Ele havia sido condenado a 12 anos de prisão pelo juiz em março de 2019.
A partir de agora, Barata deverá cumprir três medidas cautelares: proibição de manter contato com os demais investigados, por qualquer meio; proibição de deixar o país e suspensão do exercício de cargos na administração de sociedades e associações ligadas ao transporte coletivo de passageiros. A informação é da coluna de Lauro Jardim, no O Globo.
No ano passado, a defesa do condenado havia pedido a Bretas que concedesse perdão judicial ao réu após ele ter relatado a existência de uma caixinha da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Rio (Fetranspor) para o pagamento de propinas a agentes públicos. Barata também disponibilizou R$ 80 milhões para que a Justiça fizesse a devolução do valor aos cofres públicos.
Na época, o pedido dos advogados era que Bretas diminuísse a pena em dois terços, o que foi negado. De acordo com o juiz, as práticas corruptas pelas quais Barata foi acusado "revelam o uso das empresas e sindicatos de transporte público para promover o pagamento dos valores utilizados para o cometimento de crimes contra a administração pública".