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O ex-presidente Lula comentou nesta quarta-feira (5), em entrevista ao Brasil 247, que quer visitar o Papa Francisco para agradecer pela solidariedade "em um momento difícil" e pela dedicação dele "ao povo oprimido". Lula também afirmou que quer debater com a autoridade católica a experiência brasileira no combate à miséria.
O petista também comentou sobre as mudanças no mercado de trabalho brasileiro, especialmente sobre os avanços tecnológicos que contribuem com a precarização, assim como o incentivo do presidente Jair Bolsonaro para a manutenção da informalidade. Para Lula, gestões como a do ex-capitão atacam diretamente os direitos trabalhistas conquistados ao longo dos anos.
"Os avanços tecnológicos facilitam a vida do consumidor e do produtor, mas quem vai oferecer empregos com garantia e emprego formal para essa gente? Passaram a ideia de que emprego formal é atraso, tem que ser tudo na informalidade", afirmou o ex-presidente.
"Um companheiro que trabalha com Uber, se encontrasse um emprego digno em sua área, mudaria de emprego. Se bater o carro, não tem seguro. Não tem férias. É uma vida muito penalizada, apesar da propaganda que se faz em torno disso. Estamos jogando conquistas históricas que os trabalhadores tiveram no século 20. A troco de quê? A acumulação de riqueza dos empresários", continuou.
Em entrevista descontraída ao Pastor Silas Malafaia no Palácio do Planalto, divulgada nesta segunda-feira (3), Bolsonaro debochou dos trabalhadores que estão desempregados, dizendo que no Brasil se tem muitos “privilégios” e, em tom irônico, disse que vai lançar o programa “minha primeira empresa” para quem reclama que não tem emprego.