De acordo com assessores presidenciais presentes, o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido-RJ) pediu ao ministro da Economia, Paulo Guedes, que a economia cresça, no mínimo, 2% em uma reunião nesta semana.
Como resposta, Guedes afirmou que será possível atingir, ou até superar, o percentual. No entanto, a resposta não tranquilizou o presidente.
De acordo com relatório Focus, divulgado pelo Banco Central na última segunda-feira (17), as projeções do mercado para a economia brasileira caíram. A expectativa de crescimento passou de 2,30% para 2,23%.
Desde o início do ano, em conversas reservadas, Bolsonaro tem demonstrado preocupação com um crescimento fraco e os indicadores econômicos neste ano.
Ele teme que, com um desempenho fraco na economia, atuais aliados no setor produtivo e no mercado financeiro se bandeiem para candidaturas de oposição para 2022, como o governador João Doria (PSDB) e o apresentador de TV Luciano Huck.
Bolsonaro teme também que o desemprego alto —em janeiro, a taxa fechou em 11% (11,6 milhões de desempregados) — e crescimento baixo, possam ser explorados por adversários políticos nas eleições municipais deste ano.
Isso poderia eleger candidatos de esquerda e dar força ao discurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu principal adversário político.
Com informações da Folha