Em delação à Procuradoria-Geral da República, Eike Batista afirmou que pagou R$ 20 milhões de propinas a Aécio Neves por meio de Alexandre Accioly, ex-sócio de Luciano Huck na rede de academias Bodytech.
Em depoimento detalhado, Eike disse que a propina foi paga como troca de favores pela “ajuda” do então governador de Minas Gerais a empresas do grupo X junto ao poder público, como por exemplo a concessão de licenças ambientais.
Aécio teria pedido pessoalmente a Eike que repassasse o dinheiro ao ex-sócio de Luciano Huck.
Essa não é a primeira vez que Accioly aparece como operador de propinas de Aécio. Em dezembro de 2017, a PGR e a Polícia Federal (PF) revelou um esquema de propinas a Aécio no valor de R$ 50 milhões, repassados pela Odebrecht (R$ 30 milhões) e pela Andrade Gutierrez (R$ 20 milhões).
A propina teria sido depositada em uma conta de offshore em Cingapura em nome de uma pessoa vinculada a Accioly, que é padrinho de um dos filhos de Aécio.
A propina teria sido para atuar em nome de empreiteiras na construção da Usina de Santo Antônio, no Rio Madeira, em Rondônia.