Apesar do resultado das eleições confirmar uma vitória do chavismo na Venezuela, o Itamaraty, chefiado pelo ministro Ernesto Araújo, disse que continuará reconhecendo o deputado Juan Guaidó como presidente do país. A informação é da Folha de S.Paulo.
O líder da oposição, no entanto, não se candidatou à reeleição no pleito deste ano. Com isso, ele deixará de ser deputado e chefe do Legislativo em 2021.
Com isso, Guaidó não poderá mais sustentar a narrativa de que, diante de uma suposta ilegitimidade de Maduro, ao não ser reconhecido como presidente por outros governos, ele seria o “presidente interino” da Venezuela.
Desde o resultado das eleições no país, que registrou 68,4% dos votos ao partido governista, o ministro Ernesto Araújo tem dito que o pleito foi uma “farsa eleitoral”.
“O regime de Maduro promoveu hoje ‘eleições parlamentares’ na Venezuela para tentar legitimar-se. Só se legitimará aos olhos daqueles que apreciam ou toleram a ditadura e o crime organizado, o grande complexo criminoso-político do Foro de São Paulo ou ‘Socialismo do Século XXI'”, escreveu no Twitter.
"O povo venezuelano rejeitou a farsa eleitoral. Com baixíssima participação, mostrou que as eleições legislativas não representam sua vontade”, completou.
Com 68,4% dos votos, o partido governista terá uma maioria de mais de dois terços do parlamento do país, suficiente para aprovar qualquer lei, inclusive as que requerem um quórum qualificado. Também devem garantir a presidência do Legislativo a partir do próximo ano.