Ação de Lula pedindo suspeição de Moro no STF completa dois anos; veja íntegra

Ex-juiz foi trabalhar em empresa que apresentou documento atestando que tríplex do Guarujá era da OAS

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Nesta sexta-feira (4), completam-se dois anos de que a defesa de Luiz Inácio Lula da Silva entrou com um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF), pedindo a suspeição de Sergio Moro para julgar o ex-presidente.

Naquele dia 4 de dezembro de 2018, Moro aceitou ser ministro da Justiça do então recém-eleito Jair Bolsonaro. Entre os argumentos da defesa de Lula, está o fato de o atual presidente ter sido beneficiado com a exclusão do petista do pleito daquele ano.

Desde então, outros fatos corroboraram as alegações sobre a perseguição do ex-juiz e agora ex-ministro contra Lula. Entre eles, se destacam os diálogos revelados pela série de reportagens #VazaJato, do site The Intercept, que comprovaram os acertos entre promotores e juiz e o apoio da Globo contra Lula. Além disso, houve reiteradas declarações de Moro sobre “ringue” ou contra o ex-presidente Lula que mostram sua parcialidade.

Nesta semana, mais um fato veio colaborar para o arrazoado. Moro ganhou a sociedade de uma empresa de consultoria norte-americana que se beneficiou das suas decisões judiciais. Essa empresa trabalha na recuperação judicial da OAS e apresentou, no julgamento do caso do tríplex do Guarujá, um documento atestando que o imóvel, atribuído pela Lava Jato ao ex-presidente Lula, era de propriedade da construtora.

O julgamento do habeas corpus foi iniciado em junho de 2019, mas ainda aguarda conclusão no STF.

Veja a íntegra da ação da defesa do ex-presidente Lula nesse link.