O ministro da Justiça, André Mendonça, foi às redes sociais na noite desta quinta-feira (3) para defender que cristãos possam discordar e questionar a homossexualidade conforme preceitos religiosos.
A declaração foi feita em meio a críticas do ministro à abertura de inquérito contra a cantora gospel Ana Paula Valadão. Ela será investigada por homofobia após ter afirmado que a homossexualidade não é normal. "Deus criou o homem e a mulher e é assim que nós cremos”, disse.
"Respeito os homossexuais. Aliás, respeito é um princípio cristão", escreveu o ministro no Twitter. "Contudo, isso não significa que o cristão deva concordar ou não possa questionar o homossexualismo com base em suas convicções religiosas", completou.
Ao utilizar o termo "homossexualismo", o ministro endossa a ideia de que a homossexualidade é uma doença. O termo, no entanto, foi retirado há cerca de 30 anos da lista internacional de doenças da Organização Mundial da Saúde (OMS) e seu uso é repudiado pela comunidade LGBTQIA+.
"Por isso não aceito o processo de perseguição a que está sendo submetida a cantora e evangelista Ana Paula Valadão. Espero que a Justiça garanta os direitos desta cidadã brasileira, assim como tem garantido os direitos à liberdade de expressão de quem pensa em sentido contrário", continuou Mendonça na rede social.
Além de ter dito que a homossexualidade não é normal, Valadão também culpou gays pela Aids e pela morte de mulheres. "A Bíblia chama de qualquer opção contrária ao que Deus determinou de pecado. E o pecado tem uma consequência que é a morte. Tái a Adis para mostrar que a união sexual entre dois homens causa uma enfermidade que leva à morte e contamina as mulheres, enfim… Não é o ideal de Deus”, disse a cantora gospel.