Apesar de uma pequena oscilação para cima, a taxa de desemprego no Brasil permaneceu alta, em 14,3% no trimestre encerrado em outubro, com 14,1 milhões de pessoas desempregadas, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (Pnad Contínua) divulgada nesta terça-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No trimestre anterior, encerrado em setembro, a desocupação estava em 14,6%. Na comparação com o mesmo período do ano passado, no entanto, houve alta de 2,7 pontos percentuais. A média das projeções para o trimestre era de 14,7% no período.
O IBGE apontou ainda um crescimento na população ocupada no trimestre, para 84,3 milhões de pessoas, o que representa um avanço de 2,8% (mais 2,3 milhões) em relação ao trimestre anterior.
O nível de ocupação no país chegou a 48% em outubro, 0,9 ponto porcentual mais alto ante os três meses anteriores, mas com uma queda de 6,9 pontos percentuais ante o mesmo período de 2019.
De acordo com a analista da pesquisa do IBGE, Adriana Beringuy, "esse cenário pode estar relacionado a uma recomposição, ao retorno das pessoas que estavam em afastamento. Nesse trimestre percebemos uma redução da população fora da força de trabalho e isso pode ter refletido no aumento de pessoas sendo absorvidas pelo mercado de trabalho e também no crescimento da procura por trabalho", afirmou.
Na análise por setores, a ocupação cresceu em quatro dos dez seguimentos analisados pelo IBGE. Houve melhora do emprego na agricultura (alta de 3,8%), indústria (3%), construção (10,7%) e comércio (alta de 4,4%).
Com informação do G1