A Câmara de São Paulo aprovou nesta quarta-feira (23) em segunda análise, por 34 votos a favor e 17 contrários, o projeto de lei da Mesa Diretora da casa que concede reajuste de 46% nos salários de prefeito, vice e secretários municipais de São Paulo. Houve ainda uma abstenção.
Agora, o projeto segue para análise do prefeito Bruno Covas (PSDB), que, reeleito, pode sancioná-lo ou vetá-lo. A prefeitura informou, por nota, que “aguarda que a Câmara Municipal envie o projeto de lei aprovado e deve se pronunciar após o cumprimento dos trâmites legais no Executivo”.
O projeto estabelece o reajuste a partir de 2022. Ele havia sido aprovado em votação simbólica na última segunda-feira (21) e, desde então, criticado em redes sociais e por políticos. Guilherme Boulos, do PSOL, que perdeu a eleição para Covas, chegou a divulgar uma campanha online para pressionar os vereadores a rejeitarem o aumento. No entanto, a mobilização popular não deu resultado.
Veja na foto abaixo como votaram cada um dos vereadores.
O salário do prefeito estava sem reajuste desde 2012. Com o projeto, ele sobe de R$ 24.175,55 para R$ 35.462,00. Esse valor serve como teto da remuneração do funcionalismo municipal. Algumas categorias vinham pressionando pelo aumento, para que pudessem ver seus vencimentos subirem também.
O gabinete do vereador Police Neto (PSD) – o qual votou contra o projeto- estimou em quase R$ 500 milhões por ano o “efeito cascata” do reajuste sobre a folha salarial, incluindo salários de ativos e inativos da prefeitura, da Câmara e do Tribunal de Contas do Município.
Com informações de O Estado de São Paulo