Um dos trechos do processo que autorizou a prisão de Marcelo Crivella (Republicanos) nesta terça-feira (22) cita uma “indevida utilização” da Igreja Universal do Reino de Deus por parte do prefeito do Rio de Janeiro, que é bispo licenciado da instituição.
Crivella foi preso em uma ação da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ). Ele é investigado em um inquérito que ficou conhecido como o “QG da Propina” – um esquema de corrupção que acontecia dentro da prefeitura.
“Com relação à lavagem de dinheiro, chamam a atenção as estreitas relações religiosas mantidas entre o Prefeito Marcelo Crivella, bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, Mauro Macedo, primo do fundador da referida Igreja, e Eduardo Benedito Lopes, bispo da mesma Igreja”, diz a desembargadora Rosa Helena Guita.
De acordo com a magistrada, o relatório identificou “movimentação financeira anormal no âmbito daquela instituição religiosa, na ordem de quase seis bilhões de reais no período compreendido entre 05/05/2018 e 30/04/2019, o que sugere a indevida utilização da Igreja na ocultação da renda espúria auferida com o esquema de propinas”.
Com informações da revista Veja