A consultoria estadunidense Alvarez & Marsal (A&M), que recrutou o ex-ministro Sergio Moro como sócio-diretor para atuar na área de "disputas e negociações", tem um contrato mensal no valor de R$ 1,1 milhão para atuar na recuperação judicial do grupo Odebrecht, além de contratos com as empreiteiras OAS e Queiroz Galvão. As três empresas enfrentam dificuldades financeiras após ação da Lava Jato, que tem o ex-juiz como símbolo.
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Reportagem de Vinicius Konchinski, no portal Uol nesta quarta-feira (2), revela que a A&M foi nomeada em junho do ano passado pela Justiça de São Paulo como administradora-judicial no processo de recuperação da Odebrecht. Pelo trabalho, a empresa sugeriu à Justiça o valor de R$ 22,4 milhões a ser recebido em 30 meses - dos quais R$ 17,6 milhões já teriam sido pagos.
A mesma consultoria foi nomeada pela Justiça para atuar na recuperação judicial da OAS, dona do chamado Triplex do Guarujá. A investigação sobre o caso levou o ex-presidente Lula à prisão em sentença determinada por Sergio Moro. Da OAS, a A&M receberá R$ 15 milhões.
A Queiroz Galvão também contratou a consultoria para atuar na sua recuperação financeira, assim como a Sete Brasil, empresa que tem a Petrobras e fundos de pensão como sócios e foi criada com foco em gestão de portfólio de ativos voltados para a exploração na camada pré-sal.