Deputados da oposição correm para assegurar que a MP 1.000/2020, que trata do auxílio emergencial residual, seja apreciada já na próxima segunda-feira (21). Ela foi retirada da pauta na última sexta-feira.
Parlamentares, incluindo o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), pretendem inserir junto à extensão do benefício, a discussão sobre o pagamento do 13º aos brasileiros que recebem o Bolsa Família.
“Temos sessão deliberativa da Câmara marcada para esta segunda. Vamos pressionar para votar a MP 1.000 e garantir a manutenção do auxílio emergencial. A pandemia não passou nem tem prazo para acabar. É óbvio que seus efeitos ainda serão sentidos por muito tempo”, declarou o vice-líder do PCdoB, deputado Márcio Jerry (MA), que reforçou a mobilização da oposição em relação ao tema.
Em ‘queda de braço’ para eleger o candidato do Centrão, Arthur Lira (PP-AL), para o comando da Câmara dos Deputados, Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou na quinta que a culpa pelo não pagamento do recurso em 2020, era do atual presidente da Câmara.
Ao seu séquito de seguidores, Bolsonaro acusou Maia de deixar caducar a medida provisória que tratava do tema. O presidente, no entanto, não explicou que a MP 898, de 2019, que estipulava o pagamento do benefício estava previsto apenas para o ano passado.
Mesmo com tentativas de retomar o assunto em um novo projeto, a base do governo no Parlamento se posicionou contra a obrigatoriedade do benefício extra.