O deputado bolsonarista Gil Diniz, também conhecido Carteiro Reaça, foi ao plenário da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) nesta quinta-feira (17) para defender Fernando Cury (Cidadania), que mais cedo havia assediado sexualmente Isa Penna (PSOL).
Em seu discurso, Diniz cometeu novas violências ao atacar as mulheres que prestaram apoio à deputada. Ele também gritou com a líder do PSOL na Alesp, deputada Monica Seixas, apontando o dedo contra o seu rosto e deslegitimando seus argumentos.
Aos berros, Diniz dizia que deputadas estavam usando o abuso contra Penna como "escada" e "palanque político". O parlamentar então foi contestado por Seixas.
"Nós não podemos generalizar uma conduta individual, seja lá de quem for. Eu sou homem, eu sou pai de família, sou marido, como muitos aqui são. Deputado Cury veio aqui à tribuna, colocou a sua cara a tapa, pediu desculpas. Mas, da maneira como estão colocando isso aqui, usando isso como escada - respeito a deputada Isa Penna, respeito todas as mulheres aqui. Mas, generalizar, chamar todos de assediadores, usar a situação como palanque político...", dizia Diniz no plenário da Alesp.
Em seguida, Monica Seixas foi ao microfone para contestar a fala do deputado: "É exatamente esse tipo de violência que quem denuncia tem que passar".
"Não tem violência nenhuma, senhora", respondeu Diniz, aos berros. "Não generalize. Eu defendo pena de morte para assediador, você defende esses canalhas na rua. Eu não sou assediador, coloque-se no seu lugar. Você não tem moral", completou.
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