Quem achou que o Itamaraty tentaria apagar um incêndio diplomático com a China iniciado por Eduardo Bolsonaro se equivocou.
O organismo responsável pelas relações exteriores do Brasil publicou um comunicado nesta quinta-feira (26), mas não para aparar as arestas e sim para defender o filho do presidente, e reforçar a hostilidade com um dos parceiros comerciais mais importantes para o país.
No documento oficial, o Itamaraty criticou a resposta da China ao deputado Bolsonaro (PSL-SP) dizendo que o país asiático teria adotado postura “ofensiva e desrespeitosa”.
“(A resposta chinesa) cria fricções completamente desnecessárias e apenas serve aos interesses daqueles que porventura não desejem promover as boas relações entre o Brasil e a China”, diz a carta, publicada na terça-feira (24).
Curiosamente, o Ministério de Relação Exteriores, sob o comando do chanceler Ernesto Araújo, não teve a mesma reação aos tuítes de Bolsonaro, nos quais o parlamentar e filho do presidente acusou a China de querer espionar outros países por meio do sistema 5G, e que por isso o governo do seu pai deveria trazer essa nova tecnologia de uma empresa estadunidense.
As denúncias do deputado, que nunca foram comprovadas, serão tratadas “de maneira apropriada”, segundo a carta do Itamaraty.
Veja na íntegra