Itamaraty defende Eduardo Bolsonaro em resposta hostil à China

Filho do presidente Jair Bolsonaro acusou o país asiático de querer usar o serviço 5G para espionagem. Chineses responderam ameaçando cortar relações, o que o Brasil considerou “ofensivo e desrespeitoso”

Foto: Arthur Max/MRE
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Quem achou que o Itamaraty tentaria apagar um incêndio diplomático com a China iniciado por Eduardo Bolsonaro se equivocou.

O organismo responsável pelas relações exteriores do Brasil publicou um comunicado nesta quinta-feira (26), mas não para aparar as arestas e sim para defender o filho do presidente, e reforçar a hostilidade com um dos parceiros comerciais mais importantes para o país.

No documento oficial, o Itamaraty criticou a resposta da China ao deputado Bolsonaro (PSL-SP) dizendo que o país asiático teria adotado postura “ofensiva e desrespeitosa”.

“(A resposta chinesa) cria fricções completamente desnecessárias e apenas serve aos interesses daqueles que porventura não desejem promover as boas relações entre o Brasil e a China”, diz a carta, publicada na terça-feira (24).

Curiosamente, o Ministério de Relação Exteriores, sob o comando do chanceler Ernesto Araújo, não teve a mesma reação aos tuítes de Bolsonaro, nos quais o parlamentar e filho do presidente acusou a China de querer espionar outros países por meio do sistema 5G, e que por isso o governo do seu pai deveria trazer essa nova tecnologia de uma empresa estadunidense.

As denúncias do deputado, que nunca foram comprovadas, serão tratadas “de maneira apropriada”, segundo a carta do Itamaraty.

Veja na íntegra

https://twitter.com/BolsonaroSP/status/1332132890763808768?s=19