A Embaixada da China no Brasil usou as redes sociais nesta terça-feira (24) para criticar o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, por fazer insinuações sobre o uma suposta espionagem que seria promovida pelo Partido Comunista Chinês através do serviço de 5G da Huawei.
"Em um fio de mensagens publicado no Twitter, dia 23/11, o deputado federal Eduardo Bolsonaro acusou o Partido Comunista da China e empresas chinesas de praticar espionagem cibernética e defendeu a iniciativa dos EUA de criar uma aliança internacional que discrimina a tecnologia 5G da China", diz a Embaixada no início de nota divulgada nas redes sociais.
A mensagem recorda a relação comercial entre os dois países e a cooperação em temas que incluem o combate ao novo coronavírus. "Os fatos comprovam, repetidas vezes, que a China é um amigo e um parceiro do Brasil e que a cooperação bilateral impulsiona o progresso de ambos os países e traz benefícios para os dois povos", afirma.
A Embaixada destaca que "os Estados Unidos têm um histórico indecente em matéria de segurança de dados" e que "certos políticos norte-americanos" atuam contra a Huawei "visando alcançar uma hegemonia digital exclusiva".
"Comportamentos como esses constituem uma verdadeira ameaça à segurança global de dados", afirma.
A nota aponta que declarações como a do filho do presidente "solapam a atmosfera amistosa entre os dois países e prejudicam a imagem do Brasil". "Instamos essas personalidades a deixar de seguir a retórica da extrema direita norte-americana, cessar as desinformações e calúnias sobre a China e a amizade sino-brasileira, e evitar ir longe demais no caminho equivocado", declaram.
Eduardo apagou a postagem que falava em "espionagem".
Com informações do O Globo
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