A decisão do deputado Túlio Gadêlha (PDT-PE) de apoiar a candidatura de Marília Arraes à Prefeitura de Recife continua rendendo polêmica.
No domingo (22), o parlamentar declarou sua preferência com relação ao segundo turno da capital pernambucana, e usou como um dos argumentos uma suposta aproximação do PSB – partido de João Campos, adversário de Marília – com o assessor de Gadêlha, para “negociar seu silêncio” e impedir que ele expressasse seu apoio à candidata do PT.
Porém, nesta segunda-feira (23), houve dois novos capítulos dessa história: o primeiro foi um desmentido por parte do assessor de Gadêlha, Rafael Bezerra, que também pediu demissão do cargo. Em um tuíte, ele alegou que “ainda que os elementos da comunicação estejam suscetíveis a ruídos, afirmar algo que nunca aconteceu fere o que poderia se considerar contornável mesmo dentro do que conhecemos como ‘jogo político’”.
Em seguida, Bezerra acrescentou que considera a declaração do antigo chefe como “uma tentativa de exposição quase vil que, ainda que tenha muito me afetado, não conseguirá manchar um trabalho sério e árduo construído até então.”
A resposta de Gadêlha sobre os tuítes do agora ex-assessor vieram na noite desta segunda. Segundo o deputado pernambucano, Bezerra teria sido pressionado para mudar de opinião.
“Na vida como na política, é comum pessoas voltarem atrás no que dizem diante de pressão. Isso não estremece o nosso mandato. As dores do povo recifense e pernambucano sempre serão prioridade. É preciso ter coragem para enfrentar os poderosos e construir um futuro melhor”, afirmou Túlio Gadêlha.