Empresas que vendem serviço de disparo em massa pelo WhatsApp estão entre as principais situações denunciadas ao Ministério Público Federal (MPF) em plataforma criada para combater fraudes eleitorais na internet nessas eleições. Os outros dois temas mais denunciados são pesquisas eleitorais falsas ou irregulares (sem registro na Justiça Eleitoral) e conteúdos enganosos sobre a segurança das urnas eletrônicas.
O disparo de mensagens em massa pelo WhatsApp nas campanhas foi proibido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no ano passado. A suspeita de que empresários teriam financiado irregularmente essa prática nas eleições de 2018 é o argumento usado em ação que corre no tribunal pedindo a cassação da chapa Jair Bolsonaro/Hamilton Mourão.
A Procuradoria recebeu denúncias sobre 96 casos diferentes por meio da Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos. Elas foram feitas entre o dia 18 de outubro e a última sexta-feira (13).
De acordo com o MPF, essas informações reportadas por eleitores na central vão subsidiar a atuação do órgão na fiscalização do pleito municipal e no combate à desinformação.
A maior parte das representações foram feitas em São Paulo (59 no total, relativas a 40 casos distintos de informações divulgadas na internet). Em seguida aparecem Paraná (com 58 representações relativas a 4 casos) e Rio de Janeiro (com 16 representações relativas a 10 casos). Na Bahia foram feitas 14 representações relativas a 6 casos distintos e em Minas Gerais foram 9 registros referentes a 8 casos.